ALEPE - Vice-líder do governo quer fiscalizar PPP da Compesa em audiência pública

Foto: Alepe

Um dia depois de a deputada da base aliada Teresa Leitão (PT) cobrar do governo Eduardo Campos (PSB), através do Conselho Estadual de Cultura, a adesão do Estado ao Sistema Nacional de Cultura (SNC) – apenas Pernambuco, Minas Gerais e Amazonas não aderiram –, o vice-líder do governo na Assembleia Legislativa, Sílvio Costa Filho (PTB), ocupou a tribuna, ontem, para convidar os parlamentares para a audiência pública que debate, amanhã, o plano de ação da Parceria Público Privada (PPP) Compesa/Consórcio Foz de saneamento da Região Metropolitana do Recife. A PPP foi o principal ponto de ataque do PT ao governo estadual na disputa pela Prefeitura do Recife na eleição de 2012.

Como membro e vice-líder da base governista, o gesto de Sílvio Costa Filho irritou governistas e serviu como “prato cheio” para a pequena oposição reabrir críticas e suspeitas sobre a PPP. O líder do governo, Waldemar Borges (PSB), questionou a iniciativa da audiência e repreendeu o vice quanto aos riscos do “excesso de audiências públicas”. “Não acertamos a convocação. Já tivemos duas audiências. Não devemos ter o foco em fiscalizar. Isto é papel do Executivo. Assim as obras não avançam”, criticou Borges. “É regimental o papel dos deputados de fiscalizar o governo. Saneamento é uma obra fundamental para futuras gerações”, rebateu Sílvio.

Assim como a iniciativa de Teresa Leitão, a de Sílvio Filho ocorreu após PT e PTB ensaiarem uma aliança estadual e a formação de palanque para a presidente Dilma em 2014, caso Eduardo Campos saia candidato a presidente. A PPP da Compesa envolve R$ 4,5 bilhões, sendo R$ 1,1 bilhão de Pernambuco. “Esse dinheiro já vem sendo repassado”, alertou o líder da oposição, Daniel Coelho (PSDB). “Temos que ter precaução para não trazer pressão para cá. Hoje, as ruas cobram por qualquer coisa”, alertou o governista Adalto Santos (PSB).

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