JÁ COMEÇARAM AS DIVERGÊNCIAS !!!

Firmada às pressas, divergências podem complicar aliança entre Campos e Marina

Uma aliança firmada às pressas e pensamentos, muitas vezes, antagônicos. A junção desses dois fatores ainda pode gerar complicações na união entre o governador Eduardo Campos e a ex-ministra Marina Silva, ambos do PSB. Ao longo da semana passada, aliados das duas lideranças evitaram falar das divergências dos grupos, mas o histórico que eles têm na defesa de alguns pontos fala por si só. A Folha de Pernambuco listou algumas diferenças entre Campos e Marina, que podem resultar em divisões internas no PSB no momento em que o partido precisar apresentar à população uma posição em relação a esses temas.

Defensora do Meio Ambiente, Marina faz críticas ferrenhas aos setores ligados ao agronegócio, enquanto o setor não gera incômodo a Eduardo que, por sua vez, já demonstrou afinidade com o setor produtivo. A intolerância de Marina com o tema, inclusive, gerou o primeiro reflexo essa semana. O deputado federal Ronaldo Caiado (DEM-GO), representante desse segmento, retirou o apoio ao PSB. Caiado já havia demonstrado interesse em apoiar a candidatura do socialista.

As divergências dos grupos também deverão ser expressas em outros temas ligados ao Meio Ambiente. Em 2011, Governo e oposição travaram uma discussão na Assembleia Legislativa sobre a instalação de uma usina nuclear em Pernambuco, que seria criada em Itacuruba, no Sertão. A ideia tinha o aval de Campos, mas não seguiu adiante, após a pressão popular, assim como a instalação de uma termelétrica a óleo que seria instalada no Cabo de Santo Agostinho. As duas propostas foram combatidas pelo deputado estadual Daniel Coelho, que era filiado ao PV, assim como Marina Silva.

Inclusive, o secretário estadual de Meio Ambiente, Sérgio Xavier, que é filiado ao PV e aliado de Marina, concorreu ao Governo do Estado em 2010 contra Campos. Naquele ano, Xavier divulgou um artigo intitulado “Mangue Brita”. Nele, Xavier faz críticas à gestão, sobretudo às ações do Porto de Suape. “É o velho poder econômico varrendo o bom senso e impondo caminhos sem qualquer imaginação, sem sequer avaliar se não há alternativas mais inteligentes“, diz o então candidato, ressaltando que fez um sobrevoo com Marina nas regiões próximas ao Porto.

Vale lembrar ainda a discordância entre Marina e o PSB na votação do Código Florestal no Congresso Nacional em 2011. O PV, que na época representava a ex-ministra, votou contrário às propostas, enquanto 27 dos 30 deputados socialistas foram favoráveis. No Senado, três dos quatro senadores deram o aval.

Fonte: FP

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