PREFEITO DE ARARIPINA AVISA: EM CASO DE EMERGÊNCIA, ESPERE NA FILA !!!

"EM CASO DE EMERGÊNCIA, ESPERE NA FILA"


Ele o ex-deputado pegou um paciente pelo braço, chegou no hospital Santa Maria e quis opera-lo imediatamente, isso não pode ocorrer, as coisas não funcionam assim. Naquela instituição de saúde existem regras, existe uma fila, em que pessoas estão a 10, 20, 30 dias esperando a sua vez para ser operada, e não vai ser um ‘fura fila’ que vai quebrar as regras do hospital" – Essas foram as palavras do prefeito de Araripina.
Irresponsabilidade, ignorância e má-fé são os adjetivos que me vêm à mente após a leitura deste desprezível comentário do prefeito de Araripina ao demonstrar a sua total falta de compromisso e desrespeito para com a população.
Irresponsabilidade, sim! Ao afirmar tal disparate, o senhor coloca em risco a integridade física dos araripinenses, o mesmo povo que ingenuamente depositou sua confiança no seu projeto pessoal de desgoverno, e que agora está desamparado e abandonado à própria sorte em detrimento a uma política vil, mesquinha e repulsiva.
Em meio ao caos de uma administração falida, o prefeito demonstra ignorância à cerca de saúde pública, dos princípios e diretrizes do SUS ao chamar de “fura-fila” um médico, cirurgião, que, na liberdade do exercício da sua profissão, indica procedimento cirúrgico em um caso de urgência médica.
Em se tratando de saúde, o nobre prefeito parece desconhecer que as prioridades médicas são clínicas e não cronológicas. Ou o senhor acha realmente que todos os pacientes podem esperar “10, 20 ou 30 dias” conforme afirma? O senhor acha não existe tempo hábil para se salvar uma vida? Uma criança com apendicite espera na fila “10, 20 ou 30 dias”? Ou um senhorzinho com nódulo na próstata deve esperar?  Que vidas podem esperar na fila? A doença não espera, meu caro, Em “10, 20 ou 30 dias”, SE MORRE!
Quais conhecimentos médicos, técnicos e científicos, o prefeito de Araripina tem ao questionar a conduta médica de um profissional qualificado ao optar por uma conduta cirúrgica imediata?
 
Como pode afirmar com tamanha propriedade que tal conduta “não pode ocorrer”? Será que ele tem conhecimento de que o adiamento de procedimentos cirúrgicos em certas patologias é equivalente uma sentença de morte? Será que ele se responsabiliza por condenar à morte os cidadãos que por seus desvarios napoleônicos tiveram suas cirurgias adiadas e sua qualidade de vida comprometida?
 
O estabelecimento de prioridades no atendimento médico e cirúrgico é papel do Médico a partir do seu julgamento clínico e não está submetido às regras administrativas de nenhuma instituição de saúde.
 
Aliás, em qualquer cidade onde a saúde pública prioridade, se busca acolher e conduzir o paciente ao tratamento médico adequado com a maior presteza possível.
 
No momento em que o médico e ex-deputado “pegou um paciente pelo braço, chegou no hospital Santa Maria e quis opera-lo imediatamente” ele cumpriu com louvor e eficiência o seu papel profissional e acima de tudo moral, colocando o ser humano como prioridade.

O prefeito-parente-do-falecido-ex-governador, ao passo que demonstra ter bastante apreço ao do status e benefícios do seu cargo político, se esquiva de suas responsabilidades e parece desconhecer que é dever do Município, enquanto gestor do Sistema Único de Saúde, zelar pela saúde dos necessitados, e oferecer atendimento aos casos urgentes que envolvam risco para a saúde e vida dos pacientes.
O seu despreparo se mostra sem o menor pudor ao se abster da responsabilidade pela saúde falida de Araripina e ao culpar as “regras” do Hospital e Maternidade Santa Maria e em uma denominada “fila” de espera.
Falar em esperar na fila é fácil, caro prefeito, quando a dor do outro não dói na gente e nossos parentes precisam submeter-se a elas por poderem desfrutar do privilégio de ir se tratar em São Paulo, não é mesmo?
O gestor irresponsavelmente dispõe de vidas de terceiros na tentativa infantil de retaliar seus opositores e inflar seu ego despótico e autoritário, submetendo assim, os mais vulneráveis, os doentes, aos seus caprichos de criança mimada e sua completa imaturidade político e despreparo administrativo.
 
Me enoja o descaso com a saúde, demonstrado por um prefeito incompetente, que por acaso, deveria ser o principal agente interessado em promover e zelar pelo bem-estar da população. Infelizmente em Araripina, uma cidade onde ainda imperam “leis” absolutistas de uma pseudomonarquia abominável que só olha pro próprio umbigo, o povo está completamente abandonado.
 
Em sua terceirização de responsabilidades, o prefeito ao mencionar que “as coisas não funcionam assim” esqueceu de dizer que em Araripina as coisas simplesmente não funcionam.
 
Um gestor que desconhece os princípios básicos de saúde pública e responsabilidade administrativa demonstra claramente a ausência de envergadura moral para exercer o cargo máximo do executivo municipal de Araripina.
 
Em seu desprezo pela vida humana, lhe falta respeito, dignidade, honra e, acima de tudo, lhe falta caráter e empatia, que é a capacidade de se colocar no lugar do outro, causando assim um incomensurável sofrimento uma população já tão sofrida e abandonada.
 
 Blog Araripina Fatos em Fotos.
 
 

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