O DESAFIO AS ELITES !!!
Paralelo entre Pernambuco: Ouricuri( Araripina) de Ontem X Golpe Militar!!
Muniz Falcão desafiou as elites locais
Por que foi "perseguido", chamado de " forasteiro" e tão maltratado pelos Poderosos de Alagoas???
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Muniz Falcão desafiou as elites locais
Por que foi "perseguido", chamado de " forasteiro" e tão maltratado pelos Poderosos de Alagoas???
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Até hoje, há mais de 50 anos, essa é a parte da História Politica de Alagoas que muitos NÃO ESQUECEM!!!
Nascido no município pernambucano de( Ouricuri), Araripina,( antiga São Gonçalo- Distrito de Ouricuri), ele iniciou a carreira política em 1950, quando se elegeu deputado federal por três( 03) vezes.
Antes havia ocupado o cargo de delegado regional do Trabalho em Alagoas, o que lhe deu visibilidade, principalmente entre os trabalhadores.
Em 1955, Muniz Falcão disputou a eleição para o governo do Estado e derrotou o candidato da situação, Afrânio Lages, que era apoiado pelo governador Arnon de Mello.
Partidário e opositores do governador deram versões diferentes para o processo de impeachment. Para os parlamentares do grupo de Muniz Falcão, o golpe foi uma reação de grupos oligárquicos ligados ao setor sucroalcooleiro, que não aceitavam a perda do poder político.
Os oposicionistas, por sua vez, responsabilizavam o governador pelo alto índice de violência no Estado.
Segundo o historiador Douglas Apratto Tenório, em sua obra “A tragédia do populismo – o impeachment de Muniz Falcão”, pela primeira vez, na violenta e tumultuada vida do Estado de Alagoas, “um governo saído das entranhas da massa exercitou com maestria o populismo, ousando confrontar-se com as elites e a aristocracia local”. Apratto afirma que o “munizismo” representou um momento de extraordinário avanço nas lutas sociais de Alagoas.
Entre as várias versões que circulam sobre Muniz e seu tumultuado governo, uma das mais correntes é a de que ele era um homem educado, fino.
Entretanto, como observa o historiador, a desestabilização do governo Muniz Falcão começara antes mesmo da posse.
Segundo Apratto, o bloco oposicionista, que congregava as mais poderosas famílias estaduais, transformou o governo Muniz Falcão numa administração permanentemente acuada, combatida sem tréguas em todas as frentes.
Muniz Falcão seria novamente eleito governador de Alagoas em 1965, mas manobras políticas o impediram de tomar posse, e o Estado sofreu nova intervenção.
Ele morreu no dia 14 de junho de 1966, no Recife, aos 51 anos, e foi enterrado em Maceió no dia seguinte. Uma multidão acompanhou o enterro.
Todos os "envolvidos", os Familiares, consideram esta época da História política, uma fase que deixou uma cicatriz indelével em cada um de Nos, por todo o sofrimento que esse período marcou.
No entanto, nos enche de orgulho, pelo ser Humano, Líder Político e Social-Liberal que foi Muniz Falcão e até hoje nos inspira como político!!
Matéria publicada originalmente em O Jornal, edição do dia 13 de setembro de 2007.
Nascido no município pernambucano de( Ouricuri), Araripina,( antiga São Gonçalo- Distrito de Ouricuri), ele iniciou a carreira política em 1950, quando se elegeu deputado federal por três( 03) vezes.
Antes havia ocupado o cargo de delegado regional do Trabalho em Alagoas, o que lhe deu visibilidade, principalmente entre os trabalhadores.
Em 1955, Muniz Falcão disputou a eleição para o governo do Estado e derrotou o candidato da situação, Afrânio Lages, que era apoiado pelo governador Arnon de Mello.
Partidário e opositores do governador deram versões diferentes para o processo de impeachment. Para os parlamentares do grupo de Muniz Falcão, o golpe foi uma reação de grupos oligárquicos ligados ao setor sucroalcooleiro, que não aceitavam a perda do poder político.
Os oposicionistas, por sua vez, responsabilizavam o governador pelo alto índice de violência no Estado.
Segundo o historiador Douglas Apratto Tenório, em sua obra “A tragédia do populismo – o impeachment de Muniz Falcão”, pela primeira vez, na violenta e tumultuada vida do Estado de Alagoas, “um governo saído das entranhas da massa exercitou com maestria o populismo, ousando confrontar-se com as elites e a aristocracia local”. Apratto afirma que o “munizismo” representou um momento de extraordinário avanço nas lutas sociais de Alagoas.
Entre as várias versões que circulam sobre Muniz e seu tumultuado governo, uma das mais correntes é a de que ele era um homem educado, fino.
Entretanto, como observa o historiador, a desestabilização do governo Muniz Falcão começara antes mesmo da posse.
Segundo Apratto, o bloco oposicionista, que congregava as mais poderosas famílias estaduais, transformou o governo Muniz Falcão numa administração permanentemente acuada, combatida sem tréguas em todas as frentes.
Muniz Falcão seria novamente eleito governador de Alagoas em 1965, mas manobras políticas o impediram de tomar posse, e o Estado sofreu nova intervenção.
Ele morreu no dia 14 de junho de 1966, no Recife, aos 51 anos, e foi enterrado em Maceió no dia seguinte. Uma multidão acompanhou o enterro.
Todos os "envolvidos", os Familiares, consideram esta época da História política, uma fase que deixou uma cicatriz indelével em cada um de Nos, por todo o sofrimento que esse período marcou.
No entanto, nos enche de orgulho, pelo ser Humano, Líder Político e Social-Liberal que foi Muniz Falcão e até hoje nos inspira como político!!
Matéria publicada originalmente em O Jornal, edição do dia 13 de setembro de 2007.
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