Comissão Especial da Microcefalia visita instalações do Imip
A Comissão Especial de Acompanhamento aos Casos de Microcefalia visitou nesta segunda (18) o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip). Os parlamentares foram recebidos pela superintendente-geral do hospital, Tereza Campos, e por demais diretores da unidade.
De acordo com a presidente do colegiado, deputada Socorro Pimentel (PSL), o objetivo do encontro foi tomar conhecimento dos serviços oferecidos pelo Imip, saber a origem dos pacientes que procuram a instituição para atendimento relacionado à microcefalia, e verificar as principais dificuldades e demandas do instituto.
Durante o encontro, a equipe médica do Imip fez uma breve apresentação dos serviços de acompanhamento pré-natal, parto, apoio psicológico, oftalmologia e avaliação auditiva oferecidos no local e também do ambulatório especializado na área de microcefalia e do centro de reabilitação e estimulação precoce.
Segundo Tereza Campos, a principal demanda é a regularização e atualização do repasse da verba dos atendimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“O Imip é um hospital filantrópico, sem fins lucrativos e que opera exclusivamente pelo SUS. Para que nosso trabalho possa continuar a ser realizado da melhor forma, é imprescindível que o repasse seja efetivado pela Secretaria de Saúde”, disse. Segundo a gestora, o hospital recebe crianças da Região Metropolitana do Recife com microcefalia para tratamento multidisciplinar, e solicitações do Interior de Pernambuco para confirmação do diagnóstico. “É importante que a rede de atendimento nas cidades do Agreste estejam preparadas para acompanhar essas crianças. O Imip está sempre de portas abertas, mas não tem estrutura para fazer frente às demandas de todo o Estado”, afirmou.
Dados – Os casos de microcefalia em recém-nascidos relacionados ao zika vírus começaram a ser registrados em Pernambuco em agosto de 2015. Dados da Secretaria Estadual de Saúde registram, até o dia 9 de abril de 2016, 1.849 notificações da malformação, com 312 confirmações. Um distúrbio no desenvolvimento fetal do cérebro faz com que bebês apresentem circunferência craniana diminuída com consequente atraso motor, psíquico e intelectual.
Assim, as crianças vão necessitar de atendimento multidisciplinar e estimulação, entre outras intervenções, ao longo da vida.
A próxima ação da Comissão Especial de Acompanhamento aos Casos de Microcefalia será na próxima quarta (2), nas unidades de saúde do município de Ipojuca, no Litoral Sul. Os trabalhos do colegiado, que terminariam este mês, serão prorrogados até julho, quando um relatório será encaminhado ao Governo do Estado.
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