Em plenária sobre educação, Armando recebe apoio da UNE























Mais de 500 pessoas participaram na noite desta quinta-feira (7) de uma plenária, promovida pela coligação Pernambuco Vai Mais Longe, que discutiu o que é considerado pelo candidato a governador Armando Monteiro (PTB) a "prioridade das prioridades" para Pernambuco: a educação. Realizado no Centro Social da Soledade, no bairro da Soledade, na região central do Recife, o ato abordou as deficiências do setor e, mais do que isso, deu visibilidade às soluções apontadas por Armando para tirar o Estado dos últimos lugares do ranking da educação nacional.

Armando ressaltou que os investimentos em educação simbolizam mudanças em duas frentes: na redução das desigualdades e na capacidade de transformar a economia de modo sustentável. "É um pilar fundamental para o desenvolvimento, porque desenvolvimento pressupõe mudanças estruturais na vida das pessoas", frisou.

Para o candidato, a criação do Sistema Estadual de Educação Básica (Seeb) é uma ferramenta fundamental para dar uma virada na educação de Pernambuco. "Precisamos ultrapassar a barreira precária do que é competência municipal e do que é estadual. É necessário inaugurarmos um modelo colaborativo, um regime de cooperação", afirmou Armando, defendendo a elevação uniforme do desempenho no ensino fundamental e no ensino médio.

Candidato a vice e coordenador da área de educação no plano de governo da coligação Pernambuco Vai Mais Longe, Paulo Rubem (PDT) elencou os 14 pontos essenciais da plataforma de Armando. Ele também defendeu a criação do Seeb, que pretende integrar governo estadual e prefeituras no sentido de criar o "padrão pernambucano de educação", como vem apregoando o candidato a governador. "Não queremos só mais escolas: queremos mais escolas de qualidade", afirmou Paulo Rubem, que também falou sobre novas instâncias que serão formatadas no governo, como o Plano Estadual de Educação e o Fundo Estadual de Educação.

O candidato a senador João Paulo (PT) falou sobre a valorização do professor. "As pessoas que estão aqui conhecem a fragilidade da educação e conhecem os caminhos. Não podemos deixar de valorizar o trabalhador em educação. Se ele não for valorizado, é muito difícil o repasse do conhecimento", ressaltou, lembrando ainda as conquistas obtidas pelos governos Lula e Dilma.

A da diretora de Assistência Estudantil da União Nacional dos Estudantes (UNE), Flávia Hellen salientou que o palanque de Armando, João Paulo e Paulo Rubem está sintonizado com o que se estabeleceu nos últimos 12 anos no governo federal, por meio de Lula e Dilma Rousseff. "O projeto que estamos definindo agora está ligado a um projeto que vem mudando a educação no Brasil", destacou. "O projeto do Plano Estadual de Assistência Estudantil, que ajudamos a formatar após 16 audiências públicas, está parado na Assembleia por falta de interesse do governo. Ele vai auxiliar aos alunos da Universidade de Pernambuco (UPE) e os do Prouni, do Fies e das autarquias municipais a ter financiamento para transporte, livros e alimentação."

DIFICULDADES - Os professores presentes à plenária aprovaram o diálogo entre a categoria e os candidatos. Ensinando há 32 anos, Marinalva Lourenço, 55, diz que a educação retrocedeu no Estado. "Por isso, a plenária é importante para que os movimentos sociais e os trabalhadores em educação sejam ouvidos. Nós conhecemos as mazelas do sistema e podemos indicar aos candidatos da majoritária os problemas", disse ela, que leciona no Cabo de Santo Agostinho.

De Goiana, o professor Mário Carmelo Barbosa dos Santos, 51 anos, salienta que o governo do Estado não oferece as ferramentas necessárias para que o processo ensino-aprendizagem se realize por completo. "Isso se reflete na sala de aula. É uma questão de fundo social", aponta.


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