Já começou, Eduardo reconhece diferenças com Marina Silva

O fato de a ex-senadora Marina Silva (PSB) já ter se declarado contra temas polêmicos, a exemplo do casamento entre pessoas do mesmo sexo e o aborto, parece não preocupar o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).
Ao ser questionado sobre o tema, o socialista afirmou que as duas siglas reconhecem as diferenças entre si.

“Fizemos uma aliança, uma coligação programática. E nós reconhecemos diferenças que temos, tanto é que nós somos dois partidos. Um partido que tem 60 anos e um partido que tem um ano, recém-criado, que busca novos valores na sociedade. Nós vamos aprender um com o outro”, declarou.

O governador também ressaltou a importância da convivência com a Rede em busca, entre outros pontos, de renovação do PSB. Ele também acredita que o partido pode aprender com a militância da legenda capitaneada por Marina e, ainda, que poderão contribuir para esse aprendizado também.

O gestor declarou que os dois partidos não querem anular as diferenças, mas reforçar a identidade que é, segundo ele, o desejo de construir uma nova política para o País. Campos também afirmou que existe “um grande desejo no Brasil de mudar o serviço público, de mudar a saúde, de mudar a segurança, a educação”, e que as duas legendas entendem que só se pode fazer essa mudança de verdade realizando uma mudança na política.

“É enterrar a velha política, construir novas práticas políticas e essa sinergia é que nos permite seguir discutindo um programa. Nem em relação a tudo vamos ter concordância porque dentro de uma casa, numa mesma família, a gente não tem concordância sobre tudo, imagine duas forças políticas”, disse.
Ele completou dizendo: “Mas no fundamental nós estamos de acordo é que o Brasil merece ter uma opção que resgate a esperança, a leveza na política, os valores da ética, do compromisso com o povo, da excelência na gestão, da participação popular, da sustentabilidade que é, sem sobra de dúvidas, uma releitura do socialismo. É isso que nós vamos fazer com muita tranquilidade”.

Fonte: FP