EDUCAÇÃO EM PERNAMBUCO É CRITICADA NA ALEPE
A deputada estadual Teresa Leitão aproveitou o pronunciamento que fez nesta terça-feira (15) em homenagem ao Dia do Professor para pedir aos deputados, senadores e governadores que respeitem as deliberações que estão serão tomadas nas conferências de educação que estão ocorrendo em todo o país.
Teresa criticou a maneira "açodada" com que vem sendo tratado o processo de municipalização implantado pela Secretaria de Educação do Estado e disse que o o piso dos professores de Pernambuco está "tremendamente achatado".
"Estamos vivendo um momento, levantado pelo movimento de junho e, agora, muito propalado pelo período pré-eleitoral, de que é necessário fazer e praticar a nova política. Sabe o que é o novo neste momento? Não é quem é raposa, quem não é. Quem é pato, quem não é. Quem é azul, vermelho, verde, amarelo. O novo é os políticos, governantes, parlamentares, respeitarem as decisões da Conferência Nacional de Educação", disse.
A crítica da deputada referem-se ao fato de todos os governadores do Brasil, incluindo Pernambuco, terem assinado um documento solicitando ao Senado mudanças na base de cálculo para o reajuste anual do Piso Nacional dos Professores. Segundo o pedido dos governadores, que já tramita no Senado, a mudança seria para o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), o que diminuiria drasticamente os valores do reajuste.
"O piso tem uma defasagem histórica e o índice de reajuste é o do custo-aluno. Chega a 15%, já chegou a 22%, este ano foi 9%. Isso que os governadores estão querendo fazer pode se consolidar em uma diminuição do reajuste do piso", denuncia.
A deputada também criticou o salário dos professores de Pernambuco, para ela, "tremendamente achatado" na carreira. "Um professor de nível superior ganha R$ 15 a mais que o piso. No Dia do Professor, que é um dia de lutas, quero ressaltar isso", disse.
O processo de municipalização de algumas escolas estaduais, levado a cabo pela Secretaria de Educação, segundo Teresa, está em desacordo com o que vem sendo discutido no Sistema Articulado de Educação. "Esses processos atrabalhoados de municipalização vão ter que acabar. Isso porque o regime de colaboração, citado pela Constituição e pela LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), vai ser regulamentado pela Conferência", lembrou.
A deputada pediu ao poder executivo "parceria" em favor da educação. "Peço para acatar as deliberações das conferências, ouvir aquilo que os participantes dessas conferências (mais de três milhões no país inteiro) estão dizendo e, de fato, ser parceiro na construção de uma nova qualidade para a educação nesse país", concluiu.
Fonte: Jamildo
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