S.O.S. VIGILÂNCIA SANITÁRIA - FALTA TUDO
25 funcionários da Vigilância Sanitária do Rio, foram presos suspeitos de exigir dinheiro de donos de lojas, bares e restaurantes para não aplicar multas.
Como Fiscal Sanitário do Município de Araripina, eu posso dizer que já sofri coação por várias vezes para facilitar a liberação de documentos para licenciamento de estabelecimento - na maioria das vezes eles precisam de rapidez no envio do documentos por necessitar de empréstimos junto a bancos – e posso garantir que não comungo com tal atitude e para mim a legislação sanitária e o departamento de fiscalização são e devem ser sagrados e merecem o respeito para garantia de sua credibilidade e integridade, mesmo sabendo que somos mal remunerados.
Eu não sei se fico triste ou feliz por fatos como esses chamar a atenção da sociedade brasileira, mas gostaria muito que as autoridades municipais, os gestores públicos (prefeito e secretário municipal de saúde), acordassem para resolver a situação em que nossa Vigilância Sanitária se encontra, para que fatos lamentáveis não venham a acontecer e voltemos aos noticiários como protagonistas de notícias negativas. Eles pensam que Vigilância Sanitária é só alugar um prédio (no intuito mais de favorecer o proprietário), quando faltam as condições necessárias para que ela funcione.
Somos induzidos pelo próprio poder público (somos poder público) a não cumprir com as normas determinadas pela legislação que rege a Vigilância Sanitária, e isso cria várias distorções e inconvenientes.
Um sério problema do departamento (que Alexandre Arraes em campanha tinha como meta estrutura-lo) é a contratação de pessoas que não tem o perfil para compor uma equipe que precisa de gente com idoneidade, caráter, respeito e honestidade, para não acontecer fatos como os que ocorreram no Rio. Se é que o político adora esse tipo de pessoa, submissa, mesquinha, desonesta e que faz o mesmo jogo de interesse. Um dia desses um deles desrespeitando a minha ausência, me taxou de inflexível e que as coisas não podiam funcionar como a lei manda. É do quadro. Não merece delongas pela pequenez da atitude e pela qualidade de profissional que representa.
Trabalhamos atualmente no limite. O transporte que faz os trabalhos de campo além das condições precárias não é adesivado para identificar o órgão como fiscalizador, faltam crachás, coletes e outros itens básicos. A Secretária Municipal de Saúde já é ciente das dificuldades enfrentadas pelo órgão, mas pelos menos que eu saiba nunca sentiu interesse em sentar e conversar com a equipe para discutirmos e chegarmos a uma solução.
Ainda aguardamos a tão sonhada estruturação que Alexandre tanto falava na campanha. Estruturação não é só entrega de materiais necessários para os trabalhos, mas a preocupação com os profissionais qualificados e preparados para uma atividade cheia de responsabilidades e todas as condições necessárias para se desenvolver ações dentro dos prazos hábeis. Transporte em boas condições, pessoal identificado e devidamente uniformizado, é a cara que um órgão como a Vigilância Sanitária deve ter, e não esse aspecto maltrapilho de uma instituição abandonada (isso vem acontecendo desde Bringel, Valdeir Batista, Lula Sampaio e agora com Alexandre Arraes) que tem o desprezo dos gestores municipais.
Então eu fico imaginando quanto de fantasioso e de hipocrisia podemos ainda presenciar, porque antes mesmo de completar um ciclo de muita coisa que ainda precisam ser feita e conquistada, os débeis e ineptos, já ficam imaginando outro ciclo. Resumindo: A possível candidatura de Alexandre Arraes a Deputado Federal será amparada e respaldada apenas nesses eventos esporádicos que estão sendo realizados e divulgados pela mídia sensacionalista? Muita coisa não precisa ainda ser realizada e concretizada terminando um ciclo de conquistas para poder iniciar outro com esperança de que será um ciclo de continuidade?
São essas coisas que não entendo. E a nossa sofrida Vigilância Sanitária fica a espera dos louros desse ciclo de realizações para ver se será inserida e reconhecida como órgão intrínseco nas atividades que são executadas para a melhoria da qualidade de vida dos nossos munícipes.
Esperamos acontecer para crê.
Fonte: Everaldo Paixão
Fonte: Everaldo Paixão
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