Por autoridade política, Humberto cobra entrega dos cargos no Governo do Estado e na PCR


O discurso antipetista adotado pela ex-ministra Marina Silva, durante o ato que celebrou o seu ingresso no PSB, no fim de semana, reascendeu o debate sobre a entrega de cargos que o PT ocupa nas gestões socialistas pelo País, incluindo no Governo de Pernambuco e na Prefeitura do Recife. O senador Humberto Costa (PT), por exemplo, voltou a defender o desembarque imediato, destacando que o o seu partido precisa tratar da construção de um palanque para a candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff. O parlamentar argumenta que a sigla precisa tentar preservar a sua autoridade política.

“Era para o PT ter entregue os cargos assim que o PSB saiu do governo da presidente Dilma.  Agora, após esse discurso adotado pelo PSB e do seu ataque, na tentativa de esvaziar o partido em Pernambuco ( com a filiação de ex-petistas, como o secretário estadual Isaltino Nascimento/Transportes), chegou o momento. O PT tem que fazer para preservar a sua autoridade política. É uma questão que temos que abordar”, cobrou o senador.

Humberto frisou que o PT nacional havia recomendado que as instâncias locais, incluindo Pernambuco, não agissem com açodamento para evitar novos embates com o PSB, no entanto, não proibira possíveis desembarques. “Não houve proibição. Houve apenas uma recomendação para agirmos com cautela”, destacou.

Com a saída de Isaltino do PT, o partido conta com a Secretaria de Cultura e a Fundarpe, com Fernando Duarte, e a Secretaria Executiva de Agricultura, com Oscar Barreto, no Governo do Estado, e a Secretaria de Habitação, com Eduardo Granja, na PCR.

O senador atestou que a montagem de um palanque para a presidente Dilma Rousseff em Pernambuco deverá levar em consideração a fidelidade de seus correligionários que, atualmente, estão próximos de socialistas no Estado e na prefeitura. “Temos três prioridades. A primeira é entregar os cargos. A segunda é a montagem do palanque de Dilma. Quem não estiver com ela que vá para longe, que não fique no PT. E a terceira é a rediscussão do papel do PT de Pernambuco junto à nacional”, elencou.

Nos bastidores do partido, é comum o comentário de que a ausência de uma estrutura do Governo Federal nas mãos do PT de Pernambuco diminui o poder de atração de aliados mais pragmáticas. Como o PT de Pernambuco não tem o controle de empresas como a Codevasf e a Chesf, esse modelo de apoio acaba facilmente seduzido por quem comanda o Governo do Estado e Prefeitura do Recife, no caso o PSB. A questão poderia ser resolvida, para alguns petistas, na provável reforma ministerial que a presidente Dilma promete realizar nos próximos meses.

Fonte: FP

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