UM PONTO FORA DA CURVA


RIBEIROLÂNDIA city -- “Cesse tudo que a antiga musa canta/ que outro valor mais alto se alevanta”, assim falou o poeta aos seus discípulos, ao ver a morena Marina embarcar com suas caravelas no submarino amarelo da Dudulândia.

Protetora dos rios e das florestas, Comadre Fulozinha estava balançando na rede, à procura de abrigo. O Imperador da Dudulândia aflorou no recinto e ofereceu uma casa com varanda para a Comadre Fulozinha.

Revogam-se as disposições em contrário no reino da Dudulândia: o ano 2014 já começou. A Comadre Fulozinha vestiu uma camisa amarela da Dudulândia e saiu por aí. A Comadre Fulozinha Marina era verde de nascença. Se pintou de amarelo.

Quem quer casar com a Comadre Fulozinha Marina, que tem fita amarela no cabelo e milhões de votos na caixinha?

O que será, que será depois da euforia do momento?

Se política fosse aritmética, num primeiro momento a Dudulândia agregaria a caixinha de milhões de votos da morena Marina.

Mas, política não é aritmética, tudo certo, como dois mais dois são cinco. É uma equação de terceiro grau com várias incógnitas. Não é uma linha reta, é uma curva sinuosa com lombadas e lambanças.
O embarque da morena Marina na Dudulândia hoje é um ponto fora da curva.

 Agora vamos observar o seguinte: se os sapos vermelhos falarem mal, é bom sinal. Se o chefe dos mensaleiros esculachar em seu blog, ótimo. Se os vermelhos silenciarem ou elogiarem, Zeus nos livre.

Aprendemos com o Conselheiro Acácio que as consequências vêm sempre depois, nunca antes. Aguardemos as marolas e tempestades que hão de vir.

Continuo a fazer a pergunta impertinente: com 2,7 % do PIB nacional, o Imperador da Dudulândia aguenta o rojão das tropas vermelhas federais?

Quem tem voto é a morena Marina. Quem tem lábia e controla a engrenagem partidária é o Imperador da Dudulândia.

Oposição no Brasil? Quem? Onde? Quando? O quê e por que?
Marina foi criada com o leite dos seringais na CUT e no cordão encarnado. Eis os seus primeiros encantos. Passou pelo Partido Verde em busca de um ombro amigo para curtir seus desencantos.

Não bate pesado para não machucar os sapos vermelhos. É feito namoro antigo. A irmã Marina não bate pesado nem no pastor infeliciano. Os evangélicos cultivam afinidades sentimentais.

O playboy neto de Tancredo é oposição flor de laranja. O neto do mito é amigo do rei, amigo do sapo vermelho mor. E pelo santo se beija o altar. Dilma pode ficar sossegada. Está faltando uma oposição de rochedo para denunciar os rombos na Petrobrás e as bandalheiras dos sapos vermelhos em todos os cantos onde canta o carcará e onde cantava o sabiá.

O que sobre em ousadia no tabuleiro nacional, falta em ousadia ao Imperador da Dudulândia na arena pernambucana.

Tijolo sobre tijolo, a cada dia o neto de Agamenon constrói os seus castelos em Armandópolis. Assim vai agregando suas tropas.
Depois dessa trajetória construtiva, a companhia do cara de bigode vermelho da Finatec pode ser o abraço de afogados.
 
A Frente Popular de Pernambuco ainda existe?
A Dudulândia adota dois fusos temporais, o nacional e o estadual. O calendário nacional de 2014 já começou. O calendário da sucessão estadual mantém-se em stand by.

Se o Imperador da Dudulândia cochilar, o cachimbo cai e o neto de Agamenon vai reinar sozinho na raia.

Um passarinho do aconchego de Armandópolis me contou que o neto de Agamenon adoraria recepcionar um poste ou um nome “in pectore” da Dudulândia para ser vice.

Com esse lance o neto do mito daria um tiro de misericórdia nos sapos vermelhos. O neto dos Coelho, FBC, está doidinho para ser senador, na trilha de Nilo Coelho.

Se a luz dos astros indicar a alvorada do Planalto, meta os peitos!

Fonte: Blog do Magno (José Adalberto Ribeiro)

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