Senador Armando Monteiro diz que falta diálogo na Frente Popular


Foto: Arquivo Fatos em Fotos.

Desde que retomaram o diálogo político, no ano passado, os senadores Jarbas Vasconcelos (PMDB) e Armando Monteiro Neto (PTB) passaram a trocar impressões sobre o cenário político nacional e em Pernambuco. Nessa sexta-feira, durante a festa de 71 anos de Jarbas, o petebista reconheceu que a base de sustentação do governador Eduardo Campos (PSB) vem sofrendo com a falta de diálogo.

“Acho que há, sim, esse registro de falta de diálogo. A gente vê, às vezes, manifestações, juízos que são emitidos publicamente por setores até que não têm responsabilidade direta no processo. Há, sim, registro de que tem faltado diálogo, eu reconheço isso. Pra lhe ser sincero, eu escuto isso”, afirmou o senador Armando Monteiro Neto, que repetiu a palavra “diálogo” seis vezes durante pouco mais de sete minutos de entrevista.

Questionado se estaria disposto a fazer a ponte entre Eduardo Campos e os insatisfeitos da base, Armando Monteiro lembrou sua posição de pré-candidato a governador, o que segundo ele, poderia não colaborar com o restabelecimento das conversas do líder socialista com seus aliados.

“Essa movimentação (de ponte), por iniciativa própria, pode parecer que é uma articulação minha. Não seria o ideal. Mas acho que precisamos fazer um diálogo interpartidário, no interior da nossa frente que, evidentemente, tem responsabilidades com Pernambuco. Queremos, na medida do possível, que ela seja preservada”, ponderou o senador petebista, que tem andado pelo interior do Estado para articular sua candidatura.

Armando Monteiro exemplificou a sua relação com Jarbas Vasconcelos para frisar a importância dos canais de diálogo. “Apesar de já termos estado afastados um do outro, sempre tive profundo respeito pelo senador Jarbas Vasconcelos. Hoje, restabelecemos o diálogo e temos trocado várias ideias sobre os cenários nacional e local. O ruim na política, ao meu ver, é a falta de diálogo”, arrematou.

Instado a comentar se a falta de definição do governador sobre a disputa presidencial poderia afetar a corrida sucessória em Pernambuco, o petebista negou. Disse que a pauta da eleição ainda está longe das ruas e não se faz necessário apressar arranjos político-eleitorais. “Não acredito que há prejuízos. Isso não está na pauta do povo, não é algo que o povo esteja cobrando. Vou ao interior frequentemente e a pauta lá não é eleição, é seca, é o milho que não chegou”, concluiu.

Fonte: JC

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