A LADROAGEM CONTINUA !!!
Chefe do Sine-Olinda permitiu fraudes de R$ 7 milhões em seguro-desemprego.
Superintendente da Polícia Federal em Pernambuco, Marcello Diniz Cordeiro, apresentou detalhes da Operação.
O chefe da unidade do Sistema Nacional de Empregos (Sine) de Olinda, Antônio da Costa Filho, foi uma das sete pessoas presas na manhã destas segunda-feira (30) na Operação Fake Work da Polícia Federal (PF) em Pernambuco. Era com as senhas dele e de outros funcionários do Sine, passadas por ele, que o administrador de empresas Izak Francisco dos Santos realizava as 1.463 fraudes em benefícios do seguro-desemprego que resultaram no desvio de R$ 7 milhões dos recursos da União. O valor pode ser maior porque há indícios, também, de fraudes envolvendo a concessão do Bolsa-Família que serão analisadas pela PF.
O dinheiro do seguro-desemprego era desviado para as contas da esposa e da sogra de Izak, Kezia Geraldo da Cunha e Raquel Geraldo Sobrinho. No esquema, decisões da Justiça do Trabalho eram forjadas para permitir a inserção dos dados falsos no sistema informacional do Ministério do Trabalho. O nome de mais de 200 beneficiários foi utilizado pela quadrilha para fraudar os vínculos trabalhistas. Para isso, Izak utilizava 17 empresas de fachada.
A geração de benefícios no nome das mesmas pessoas, com datas de de admissão e demissão idênticas e o mesmo salário chamou a atenção do Ministério do Trabalho. A anomalia foi detectada em janeiro, mas a suspensão dos contratos aguardou a ordem da Polícia Federal, que realizou diligências com autorização da 4ª Vara da Justiça Federal em Pernambuco. A investigação aponta que a organização atuava desde janeiro de 2012.
O coordenador-geral do Seguro-desemprego e Abono Salarial do Ministério do Trabalho, Márcio Alves Borges, negou que a violação do sistema consista numa falha. Para ele, a responsabilidade foi do chefe do órgão, que participou do esquema quando deveria exigir documentos comprobatórios para conceder os benefícios.
Ele também negou a necessidade de ajustes, mas afirmou que o sistema passa por aprimoramentos constantes. Onze mil pessoas trabalham nas unidades do Sine em todo o País, que funcionam de forma independente ou a partir de convênios como a de Olinda. Ela é gerida pela Secretaria Estadual do Trabalho.
Izak Francisco dos Santos (esq) está foragido. Chefe do Sine-Olinda, Antônio da Costa filho (dir) foi preso na manhã desta segunda (30)
Dentre as sete pessoas que já foram presas estão Antônio, Kezia e Raquel. Os demais detidos eram responsáveis por arregimentar beneficiários entre os municípios de Olinda e Abreu e Lima. Parte das pessoas listadas como beneficiários conheciam e participavam do esquema. No momento, Izak está foragido, mas a Operação ainda está em andamento. Cem policiais participaram da ação.
Mais de R$ 4 milhões foram apreendidos pela Operação antes de serem desviados, evitando parte do prejuízo ao erário. Além disso, também foram cumpridos mandatos de sequestros de bens. Na casa de Izak, foi encontrada uma quantia que está sendo contabilizada pela PF, algo entre R$ 300 e R$ 400 mil. Foram encontradas também carimbos do Ministério do Trabalho e centenas de carteira de trabalho falsas, que serão utilizadas como prova pela polícia.
Mais de R$ 4 milhões foram apreendidos pela Operação antes de serem desviados, evitando parte do prejuízo ao erário. Além disso, também foram cumpridos mandatos de sequestros de bens. Na casa de Izak, foi encontrada uma quantia que está sendo contabilizada pela PF, algo entre R$ 300 e R$ 400 mil. Foram encontradas também carimbos do Ministério do Trabalho e centenas de carteira de trabalho falsas, que serão utilizadas como prova pela polícia.
Uma farda falsa da Polícia Federal também foi apreendida. Segundo o superintendente da PF em Pernambuco, Marcello Diniz Cordeiro, Izak se fazia passar pelo comunicador social da Polícia, Giovani Santoro. A farsa, que ajudava a arregimentar cúmplices, chegou a ser usada na última quarta (25) para dar uma "carteirada" e não pagar o estacionamento de um shopping center. O administrador possuía carros de luxo e comprou à vista dois apartamentos em Olinda, ainda na planta, com previsão para entrega em 2016.
Assim que acabar a Operação, todas as provas recolhidas serão encaminhadas à Justiça Federal. Os envolvidos podem ser indiciados por peculato, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva. A soma dos crimes pode ultrapassar os 30 anos de prisão.
Fonte: Jamildo
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