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O deputado Jair Bolsonaro e o senador Randolfe Rodrigues batem boca em frente ao 1º Batalhão da Polícia do Exército, durante visita da Comissão Estadual da Verdade
Foto: O Globo / Márcia Foletto

Visita da Comissão da Verdade ao DOI-Codi tem bate-boca e agressão entre parlamentares.

Senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) diz ter levado um soco na barriga do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que nega agressão.

A visita de integrantes da Comissão Estadual da Verdade do Rio, parlamentares e representantes do Ministério Público ao 1º Batalhão da Polícia do Exército, na Tijuca, Zona Norte, na manhã desta segunda-feira, foi marcada por agressões e bate-boca. Durante uma discussão, o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) atingiu o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) com um soco na barriga. No local, funcionou o Destacamento de Operações de Informações — Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), principal centro de tortura durante a ditadura militar (1964-1985). No fim de agosto, a visita do grupo foi barrada pelo Exército.

 VEJA O VÍDEO DA AGRESSÃO.


A confusão começou quando Bolsonaro, que é militar da reserva do Exército e não fazia parte da lista que participaria da visita, quis entrar no Batalhão. O parlamentar, no entanto, foi impedido por integrantes da Comissão da Verdade. Ele, então, forçou a entrada em um portão, na Rua Barão de Mesquita, mas a ação foi repreendida pelo senador Randolfe Rodrigues. Os dois, então, trocaram empurrões, ofensas e a discussão terminou em agressão. Por fim, Bolsonaro conseguiu entrar no prédio, mas ficou no pátio do Batalhão.

— A única intenção do Bolsonaro era de impedir que a visita se concretizasse. Era de tumultuar a visita. Mas uma vez o senhor Bolsonaro fracassou. Ele nos agrediu. Tentou fazer a visita junto conosco. Dissemos que ele não era bem-vindo e foi afastado (...) Ele claramente nos agrediu na entrada covardemente. Eu e o senador (João) Capiberibe (PSB-AP) tentamos impedir a entrada dele. E aí o mecanismo foi o ataque por baixo (soco na barriga)
 — relatou Randolfe Rodrigues.
A acusação de agressão contra o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) na manhã desta segunda, no DOI-Codi, no Rio, pode custar um processo por quebra de decoro parlamentar ao deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). O PSOL irá protocolar amanhã representação contra o parlamentar ao deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). O PSOL irá protocolar amanhã representação contra o parlamentar fluminense, acusando de dar um soco no estômago de Randolfe.

— Ele usou de violência contra um senador. O Bolsonaro, mais uma vez, extrapola todos os limites — afirmou o líder do PSOL na Câmara, deputado Ivan Valente (SP).
Bolsonaro conseguiu entrar no quartel, mas permaneceu no pátio do batalhão enquanto a comissão e os parlamentares estavam no antigo DOI-Codi. O deputado negou ter dado o soco:
— Houve uma agressão física a mim, que foi barrar um deputado federal. Meteram o braço na frente. Depois, o senador Randolfe comprou a briga. Houve troca de ofensas e eu o empurrei por baixo para poder entrar. Se eu tivesse dado um soco nele, estaria dormindo até agora. Eu ficaria muito triste em dar um soco numa pessoa como aquela.
Bolsonaro mostrou-se despreocupado com a iniciativa do PSOL de fazer uma representação contra ele e ainda ironizou:
— Vou ficar sem dormir até o Natal. O PSOL deveria é investigar o esquema de corrupção do partido aqui no Rio. Quero ver — disse Bolsonaro.
O deputado, que é ligado às Forças Armadas, afirmou que tinha autorização do Ministério da Defesa para entrar nas antigas instalações do Doi-Codi. Apesar de não estar presente na reunião da semana passada entre o ministro Celso Amorim, Capiberibe e Randolfe Rodrigues, Bolsonaro disse foi levantada a possibilidade de sua presença. Segundo o parlamentar, Capiberibe afirmou que ele não entraria no prédio se aparecesse.
— Mas o ministro Celso Amorim me autorizou entrar — disse Bolsonaro.
O deputado reafirmou que apenas "empurrou por baixo" o senador Randolfe.
— Foi a única maneira de tirá-lo da minha frente. Se não ia ficar com cara de pastel. Podem até interpretar como um soco, mas não foi.

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