PSB dá "vassourada" em simpáticos a Dilma

Depois de Minas Gerais, partido decide hoje sobre intervenção no Rio e

A direção nacional do PSB começa a colocar em prática a faxina que acredita ser necessária para tirar do jogo as peças que estão impedido o partido de montar, sem interferências, o projeto de disputar a Presidência da República, em 2014. Hoje, em Brasília, o governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, promove mais uma reunião da executiva nacional. Dessa vez, os líderes socialistas vão analisar a “rebeldia” do presidente do diretório do Rio de Janeiro, o prefeito de Duque de Caxias, Alexandre Cardoso, e do governador do Ceará, Cid Gomes, que comanda a sigla em seu estado.

No caso do Rio de Janeiro, o PSB vai “julgar” o comportamento de Cardoso respaldado por dois pedidos de intervenção, sendo um encaminhado pelo deputado federal Glauber Braga (PSB/RJ) e outro pelo prefeito de Petrópolis, Rubens Bomtempo. Os socialistas também vão analisar a instauração de um processo no Conselho de Ética contra Cardoso.

As divergências no Rio foram geradas a partir das declarações de Alexandre Cardoso a favor da reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) e contrárias ao projeto de Eduardo Campos. O prefeito também provocou a ira dos correligionários ao se posicionar de forma veemente contra o ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão (PSB), cujo nome foi cogitado para ser o candidato da sigla ao governo do Rio de Janeiro. Cardoso optou por defender o vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB). “Não podemos, simplesmente, a 10 dias do prazo de filiações , decidir que somos oposição a Dilma e ao PT no campo nacional e ao governador Sérgio Cabral no Rio”, argumentou o prefeito.

No Ceará, as divergências vão além do plano nacional. Cid e o irmão dele, Ciro Gomes, discordaram da entrega dos cargos que o partido ocupava no governo federal. Eduardo Campos, no entanto, deixou claro que a decisão foi tomada, alguns dias antes do prazo de filiações, para que os “descontentes” tivessem tempo para procurar outros caminhos. Na noite de ontem, Cid Gomes convocou seu grupo político para uma reunião. A tendência é que todos deixem a legenda. O caminho mais provável é o recém-criado Partido Republicano da Ordem Social (Pros).

Os irmãos Ferreira Gomes também estão irritados com Eduardo Campos, que tenta filiar a ex-prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), e o deputado estadual Heitor Férrer (PDT). Este último faz oposição ao socialista e, recentemente, denunciou supostas irregularidades do governador, a exemplo de passeios de avião com a família pagos com dinheiro público. “Ainda não temos uma posição sobre o Ceará. Vamos aguardar a reunião (de ontem)”, afirmou o secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira. Até o fechamento desta edição não havia posição final da reunião puxada por Cid Gomes.

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Os principais focos de resistência, dentro do PSB, ao projeto nacional de Eduardo Campos

Rio de Janeiro
O presidente estadual do partido e prefeito de Duque de Caxias, Alexandre Cardoso, discorda do projeto nacional do PSB. É defensor da reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) e, no plano local, defende a candidatura de Luiz Eduardo Pezão (PMDB), vice-governador do Rio. O prefeito também reagiu contra a possibilidade do PSB lançar o ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão à sucessão de Sérgio Cabral (PMDB)

Ceará
Cid Gomes, governador do Ceará, e o irmão dele, Ciro Gomes, são contra a candidatura de Eduardo Campos à Presidência da República. Na avaliação deles, o PSB deveria apoiar a reeleição de Dilma e só disputar em 2018. Cid também está irritado com o partido que convidou a ex-prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), de quem é adversário, para concorrer ao governo cearense.

Fonte: DP

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